O Transtorno do Espectro Autista (TEA) impacta o neurodesenvolvimento, a comunicação social e o comportamento. O diagnóstico precoce possibilita intervenções rápidas e eficazes, que podem aprimorar o desenvolvimento cognitivo, emocional e social da criança.
Edson de Jesus, psicólogo especialista da Telavita, clínica digital de psicologia e psiquiatria, explica que crianças com TEA tendem a evitar o contato visual, não responder ao nome e demonstrar dificuldades em interações sociais e brincadeiras. “Esses indícios podem ser observados a partir dos dois anos, quando o diagnóstico já pode ser feito com maior precisão. Para os pais, estar atentos a comportamentos como isolamento, sensibilidade a ruídos, seletividade alimentar e movimentos repetitivos é crucial para uma identificação precoce. Após a percepção desses sinais, o psicólogo especialista em Análise do Comportamento Aplicada (ABA) realiza a investigação e levanta a hipótese diagnóstica, encaminhando o paciente para um neurologista ou psiquiatra para o fechamento do diagnóstico”, ressalta Edson.
O diagnóstico precoce permite que uma equipe multiprofissional — composta por médico, fisioterapeuta, psicólogo, terapeuta ocupacional e fonoaudiólogo — trabalhe em conjunto para desenvolver as habilidades cognitivas da criança e atenuar comportamentos disfuncionais. Além disso, o apoio familiar é essencial para o sucesso do tratamento e para o desenvolvimento da autonomia da criança. “Para que o tratamento seja eficaz, é fundamental que seja realizado por uma equipe multiprofissional, que indicará terapias específicas para cada paciente. Muitas vezes, esse acompanhamento será necessário ao longo de toda a vida”, explica o especialista.
No ambiente escolar, adaptar o currículo e as práticas pedagógicas é indispensável para integrar crianças com TEA. Professores e cuidadores podem utilizar abordagens simples e diretas, além de atividades lúdicas, para estimular o desenvolvimento social e cognitivo. “É possível ensinar comportamentos e habilidades para que a criança autista se torne independente e inserida na comunidade, utilizando técnicas voltadas para o desenvolvimento da comunicação, habilidades sociais, brincadeiras, aprendizado acadêmico e autocuidados”, destaca o psicólogo.
Edson também sublinha a importância de que as famílias busquem apoio emocional e profissional logo após o diagnóstico. “No Brasil, a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com TEA estabelece que as crianças com TEA e suas famílias devem ter acesso a serviços de saúde, processos de diagnóstico e atendimento multiprofissional. Além disso, existem grupos de apoio locais, grupos online e organizações que oferecem suporte emocional, reunindo pais e cuidadores de pessoas autistas para compartilhar experiências e informações”, conclui Edson.
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Louise Barbosa Favaro
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