O Teatro Nelson Castro, em São José do Rio Preto, foi palco de emoção e criatividade na última sexta-feira (22/11), durante o 2º CASA Fest. O público foi cativado pelas apresentações de 16 adolescentes que cumprem medida socioeducativa na Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente (CASA), que, por meio da arte, compartilharam suas histórias, sonhos e talentos em performances marcantes de música, teatro, poesia e artes visuais.
Os presentes se encantaram com a recriação de “A Escolinha do Professor Girafales”, que, além de proporcionar risos, também gerou reflexões. Músicas e poesias autorais, inspiradas pelas vivências dos jovens, deram voz aos seus sonhos e realidades. Uma emocionante releitura do clássico “O Rei Leão”, que celebra a arte e a cultura africana por meio de danças, músicas, cenários, figurinos e máscaras, comoveu todos, destacando o poder transformador da arte.
Para Gustavo (nome fictício), que se apresentou pela primeira vez em um espaço público, o festival foi uma experiência marcante. “Foi uma oportunidade única de me expressar. Me senti parte de algo maior, e a arte me mostrou que eu sou capaz de muito mais do que imaginava”, compartilhou o jovem.
Além das performances no palco, os trabalhos de artes visuais e literatura dos jovens serão expostos no Centro Cultural Professor Daud Jorge Simão, evidenciando o impacto social e artístico da iniciativa. No encerramento, os participantes receberam prêmios e certificados de reconhecimento, celebrando o esforço e o crescimento ao longo dos meses de dedicação.
O evento faz parte do Projeto Pardal, que oferece aos adolescentes da Fundação CASA o acesso a uma variedade de expressões culturais. Por meio de programas como a biblioteca móvel, visitas a museus, oficinas de arte e música, o projeto fomenta o desenvolvimento do senso crítico, da leitura e da socialização, essenciais para a construção da identidade e da formação pessoal dos jovens.
O diretor do CASA São José do Rio Preto, Alexandre de Assis Souza, destaca que o festival representa um marco importante na reintegração dos jovens à sociedade. “A arte vai além de uma simples atividade, ela é uma ferramenta poderosa de transformação, que resgata o potencial dos jovens e cria vínculos essenciais para o seu futuro”, afirmou.
O secretário municipal de Cultura de Rio Preto, Pedro Ganga, ressaltou a importância do Projeto Pardal na construção de novos horizontes para os jovens. “Este projeto não só proporciona o acesso a equipamentos culturais da cidade, como também os prepara para explorar e se conectar com diferentes formas de arte. Ele oferece uma oportunidade única de desenvolvimento e reflexão, fundamental para a construção de um futuro mais justo e promissor.”
Para o Juiz da Vara da Infância e Juventude de Rio Preto, Evandro Pelarin, o projeto tem um papel fundamental na ressocialização dos adolescentes. “A arte é um instrumento de reflexão e mudança. Ela ajuda esses jovens a perceberem suas potencialidades e os prepara para um futuro com mais oportunidades e mais consciência social”, destacou.
Sobre o Projeto Pardal
O 2º CASA Fest é parte das várias iniciativas promovidas pelo Projeto Pardal, que visa democratizar o acesso à cultura para adolescentes em medida socioeducativa. Por meio de atividades como a biblioteca móvel, visitas monitoradas a museus e teatros, e oficinas de arte e literatura, o projeto estimula o desenvolvimento pessoal, o senso crítico e a socialização dos jovens. Além disso, fortalece a formação de uma identidade cultural e promove o pertencimento à comunidade.
O Projeto Pardal é uma parceria entre a Fundação CASA, a Prefeitura de São José do Rio Preto, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, e o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, por meio da Vara da Infância e Juventude de São José do Rio Preto.
Sobre a Fundação CASA
A Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente (CASA), vinculada à Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania, aplica medidas socioeducativas conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE). Atendendo jovens de 12 a 21 anos incompletos em São Paulo, a Fundação executa medidas de privação de liberdade e semiliberdade, determinadas pelo Poder Judiciário, com base no ato infracional e na idade dos adolescentes, garantindo os direitos previstos em lei, pautando-se na humanização, e contribuindo para o retorno do adolescente ao convívio social.
Mais informações em: https://fundacaocasa.sp.gov.br/.
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MATHEUS VINICIUS DE FARIAS SALGADO
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