Os índices criminais monitorados semanalmente pela Coordenadoria de Análises e Planejamento da Secretaria de Segurança Pública (SSP) indicam que o número de roubos caiu 27% na região central da capital paulista. Dados mostram Dados mostram que as queixas passaram de 190 na primeira semana do monitoramento — entre 27 de março a 2 de abril — para 109 entre 14 a 20 de agosto
Os furtos praticados na região também caíram. Desde a primeira semana, a redução chega a 43%. De 14 a 20 de agosto, foram registrados 226 furtos, contra 311 contabilizados no final de março.
No comparativo do estado houve uma diminuição de 15% nas notificações de roubo entre janeiro e junho. Foram 20.877 roubos em janeiro contra 18.107 em junho.
Em 2022, a diferença do número de roubos registrados no mesmo período no estado de São Paulo foi de apenas 6,7%. No período foram contabilizados 20.371 crimes em janeiro e 19.900 em junho.
Segundo a Secretaria de Segurança do estado, a queda “reforça a tendência observada nos demais meses e evidencia uma melhoria contínua da situação na região em termos de segurança”.
Em nota, a SSP informou que os trabalhos na região central foram intensificados desde o começo do ano, por determinação da nova gestão. “As ações têm como foco principal, a prisão dos principais traficantes, além da integração das ações e operações conjuntas objetivando ampliar a segurança da população. A pasta tem investido em tecnologia e inteligência policial para aprimorar a elaboração de elementos probatórios”, diz.
Para o especialista em segurança pública Antônio Flávio Testa, além de ações ostensivas é preciso focar também nas fiscalização e investigação das atividades informais.
“Uma estratégia de segurança pública não adianta ser somente ações ostensivas, preventivas. Funciona parcialmente. É necessário que haja também uma investigação, a localização dos receptadores desses produtos. Porque tem uma criminalidade que é o comércio informal, que retroalimenta esse tipo de prática e isso os serviços de segurança nem sempre conseguem fazer, até porque a justiça não ajuda e a sociedade não colabora, adquirindo produtos furtados. Então, o desafio hoje em São Paulo é crescente”, diz.