Em um país tropical como o Brasil, a ocorrência de dengue acontece praticamente durante todo o ano. Basta ter períodos de oscilação de temperatura com calor e incidência de chuva, como nos meses de abril e maio. Segundo dados do Ministério da Saúde, divulgados na segunda semana deste mês, o país ultrapassou a marca de um milhão de casos prováveis de dengue desde janeiro. Foram confirmadas 681 mortes provocadas pela dengue e 714 mortes estão em investigação por suspeita de relação com a arbovirose (dengue, chikungunya e zika, doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti).
Os estados com maior incidência de dengue é São Paulo, com 1.285 casos por 100 mil habitantes. Mais de 70% das mortes confirmadas ocorreram em cidades paulistas, totalizando 488 óbitos. Foram registradas e confirmadas cinco mortes por dengue na capital paulista, conforme dados da Secretaria Municipal de Saúde, divulgados no início de abril. Além de São Paulo, Acre (888), Paraná (680), Goiás (645), Mato Grosso (612), Espírito Santo (553) e Minas Gerais (521), concentram o maior número de casos, em comparação a outros estados brasileiros.
O Rio Grande do Sul também enfrenta este problema de saúde pública. Desde o início de 2025, o estado registrou um total de cinco mortes por dengue, duas mortes confirmadas em abril, segundo informações da Secretaria Estadual da Saúde (SES): ‘o Estado somava 6.421 infecções, destas 5.524 são autóctones, contraídas dentro do próprio município’. A taxa de incidência é de 207 casos para cada 100 mil habitantes.
Desde o final de março, quando o Estado entrou em alerta para a chegada de abril, mês em que tradicionalmente ocorre o pico da doença, cerca de 2.700 novos casos já foram diagnosticados. Neste cenário, duas das mortes por dengue ocorreram em Porto Alegre, as demais em Viamão, Alvorada e Cachoeira do Sul.
A dengue é uma doença causada por um vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. Os sintomas mais comuns da doença são febre alta, dor atrás dos olhos, dor no corpo, manchas avermelhadas na pele, coceira, náuseas e dores musculares e articulares. A dengue faz parte de um grupo de doenças denominadas arboviroses. No Brasil, o vetor da dengue é a fêmea do mosquito Aedes aegypti. Os vírus dengue (DENV) estão classificados cientificamente na família Flaviviridae e no gênero Orthoflavivirus. Até o momento são conhecidos quatro sorotipos, DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4.
O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) ressalta a necessidade de intensificar as ações de vigilância, prevenção e resposta rápida aos casos de dengue em todo o país. Enfermeiros e demais profissionais de saúde desempenham papel essencial no acolhimento, diagnóstico precoce e manejo clínico adequado, especialmente nos grupos mais vulneráveis, como gestantes, crianças pequenas, idosos, pessoas imunossuprimidas e pacientes com doenças crônicas.
Profissionais da saúde da ACG Home Care, como enfermeiros e médicos, podem auxiliar os pacientes acamados e em cuidados em domicílio na prevenção e nos tratamentos intensivos, com risco de sangramento (no caso de dengue hemorrágica), queda de pressão arterial e comprometimento de órgãos vitais.
“Nossos profissionais de saúde, com destaque para os da área de Enfermagem, estão aptos a oferecer assistência e cuidado às pessoas, que contraíram a doença, além de orientar quanto à prevenção da doença”, afirma o CEO da ACG Home Care, Alexandre Pires. Triagem e identificação precoce dos sintomas, monitoramento dos sinais de alerta e encaminhamento rápido dos casos suspeitos para avaliação médica são atitudes de cuidado desempenhadas pelos profissionais de saúde, principalmente, enfermeiros.
Ações preventivas para combater a proliferação da dengue (*)
– estar em dia com a vacinação preventiva da dengue, disponível no SUS, (as vacinas
atenuam e previnem a infecção causada pelos quatro sorotipos do vírus, DENV-1, DENV-2,
DENV-3 e DENV-4,
– evitar água parada nos quintais e proximidades da casa,
– manter as garrafas vazias, baldes e recipientes de plástico tampados ou virados para baixo,
para evitar o acúmulo de água da chuva,
– evitar entulhos no quintal, nas ruas e retirar diariamente a água parada,
– colocar terra ou areia nos pratos dos vasos de planta,
– cobrir as caixas d’água, poços ou piscinas e manter as calhas de água limpas,
– manter as latas de lixo e os recipientes de recicláveis e orgânicos devidamente tampados,
– se precisar armazenar pneus, mantê-los em locais cobertos, sem contato com a chuva,
– tampar os ralos pouco usados com um plástico e jogar água sanitária no cano 2 vezes por
semana para evitar proliferação de insetos,
– diminuir o número de bebedouros de cães, gatos e passarinhos, mantendo-os sempre
higienizados,
– manter o aquário de peixes em casa, sempre limpo e fechado,
– colocar telas de proteção nas janelas da casa ou apartamento e mosquiteiros na cama, se
possível, para evitar a contaminação.
(*) orientações dos profissionais de saúde da ACG Home Care
Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
REGINA HELENA LIMA DINIZ
[email protected]