O Brasil está entre os principais alvos de ataques cibernéticos, um fenômeno que tem aumentado globalmente. Criminosos utilizam técnicas cada vez mais sofisticadas para cometer fraudes e roubo de dados, afetando milhões de pessoas e empresas.
Com a expansão da internet, crescem também as preocupações com a segurança digital. De acordo com um relatório sobre ameaças na América Latina, o Brasil foi o segundo país com mais ataques cibernéticos em 2024, com 700 milhões no total. Isso equivale a 1.379 ataques por minuto.
Para quem atua no ambiente digital, essa realidade reforça a necessidade de adotar medidas de segurança rigorosas, principalmente no setor de e-commerce, que lida diretamente com dados financeiros.
A evolução da IA e o desafio da detecção de ataques
Os avanços em inteligência artificial otimizam diversos setores, mas também ampliam os riscos quando explorados por cibercriminosos. O uso da tecnologia tem tornado os ataques mais sofisticados e difíceis de identificar.
Em 2023, por exemplo, um golpe baseado em deepfake levou um funcionário a transferir US$ 25 milhões de dólares ao acreditar que participava de uma reunião com o diretor financeiro da empresa. O caso aconteceu em Hong Kong.
Entre os principais golpes cibernéticos que envolvem IA, estão:
Vishing: manipulação de voz para enganar vítimas por telefone, responsável por 90% dos ataques com IA.
Deepfake: tecnologia capaz de imitar a voz e a imagem de figuras públicas, usada tanto para fraudes financeiras quanto para ataques à reputação.
Phishing hiper-personalizado: variação do phishing tradicional, com o uso de IA para criar mensagens altamente convincentes por e-mail, anúncios e outros canais.
Bots autônomos: robôs programados para aprender sobre mecanismos de defesa e driblar barreiras de segurança.
Como as empresas podem fortalecer a segurança cibernética?
Apesar dos desafios, a inteligência artificial também pode ser aliada na proteção digital. Segundo o Relatório de Estudo do Estado da IA e da Segurança, 55% das empresas já utilizam IA para aprimorar suas estratégias de segurança.
Entre as principais aplicações da tecnologia na defesa cibernética estão:
Análise preditiva de ameaças: por meio do aprendizado de máquina, a IA monitora redes e identifica padrões suspeitos, ajudando a prevenir ataques.
Automação de respostas a incidentes: em caso de falha, a IA pode agir rapidamente, bloqueando sites suspeitos, isolando sistemas e analisando ameaças em tempo real.
Identificação de deepfakes: a mesma tecnologia usada para criar deepfakes também pode ser aplicada para detectá-los, analisando indícios de falsificação.
Plataformas de hospedagem, como a Hostinger, já implementam monitoramento contínuo para prevenir ataques cibernéticos em sites alocados em seus servidores.
O impacto econômico das violações de dados no Brasil
O Brasil está entre os países mais afetados por ataques cibernéticos, e o impacto financeiro dessa prática é considerável. Segundo o estudo Cost of a Data Breach, da IBM, o prejuízo médio por violação de dados no país chega a R$ 6,75 milhões.
Especialistas apontam que, além da sofisticação dos ataques, a falta de treinamento adequado para colaboradores agrava o problema.
Nesse cenário, a inteligência artificial deve continuar avançando nos mais diversos setores. No entanto, é necessário que empresas e usuários compreendam tanto os benefícios quanto os riscos da tecnologia, adotando medidas para reduzir ameaças no ambiente digital.
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LUISA FERNANDA PEREIRA DA SILVA
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