De acordo com os dados mais recentes do U.S. Census Bureau, a maioria dos novos residentes da Flórida e do Texas – os dois estados que receberam o maior número de novos habitantes no último ano – veio de outros países. A Flórida, com 23 milhões de habitantes, possui 22,1% de sua população composta por estrangeiros. Já o Texas, com 30,5 milhões de habitantes, tem 43% de sua população nascida fora dos EUA. Em 2023, mais de 1,6 milhão de imigrantes se mudaram para os Estados Unidos, marcando o retorno da migração aos níveis observados antes da pandemia de COVID-19.
Paralelamente, diversas pesquisas têm demonstrado que os imigrantes não apenas cometem menos crimes do que os nativos, como também não elevam as taxas de criminalidade nas comunidades em que se estabelecem. Esses dados contradizem a narrativa de alguns críticos que associam a imigração ao aumento da criminalidade, um argumento frequentemente utilizado no debate político.
A questão da imigração, de fato, tem dominado o cenário político nos últimos anos, particularmente nas eleições presidenciais. Em 2024, dois candidatos com visões diametralmente opostas disputam a presidência: a atual vice-presidente Kamala Harris e o ex-presidente Donald Trump. Ambos apresentam propostas distintas para a política de imigração, com Harris favorecendo uma abordagem mais inclusiva e Trump propondo medidas de maior restrição e segurança nas fronteiras.
Essa interação entre a realidade da imigração e a política de fronteiras tem sido um ponto central nas discussões eleitorais, especialmente em um contexto em que as atitudes do público americano em relação à imigração estão mudando. Segundo uma pesquisa da Gallup, em 2020, 28% dos entrevistados acreditavam que os níveis de imigração deveriam ser reduzidos. Já em 2024, esse número saltou para 55%, incluindo democratas e independentes que defendem a redução do fluxo migratório.
Durante o ciclo eleitoral de 2024, muitos políticos têm proposto o fortalecimento da segurança nas fronteiras como uma solução para os problemas enfrentados pelo país. Laurie Trautman, diretora do Border Policy Research Institute da Western Washington University, observa que a segurança nas fronteiras continua sendo apresentada como a resposta principal, embora até o momento o Congresso não tenha aprovado nenhuma reforma significativa da imigração no século XXI. A última grande legislação foi a Lei de Reforma e Controle da Imigração, sancionada pelo presidente Ronald Reagan na década de 1980, que ofereceu um caminho para a cidadania para aqueles que entraram nos EUA sem autorização antes de 1982.
Apesar de ser um tema politicamente sensível e sempre presente nos anos eleitorais, os Estados Unidos continuam sendo o destino que mais recebe imigrantes de diferentes países ao redor do mundo. Segundo a Dra. Ingrid Domingues McConville, a imigração legal segue em expansão, com um número crescente de pessoas buscando residência permanente nos EUA. Ela destaca que, embora o debate político possa gerar incertezas, a escolha de um advogado de imigração qualificado e experiente é essencial para garantir o sucesso no processo de imigração, independentemente de quem esteja na Casa Branca.
Portanto, estar bem informado e preparado para possíveis mudanças no cenário da imigração é fundamental para aqueles que desejam imigrar para os Estados Unidos.
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Samantha di Khali Comunica
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