Quando os computadores ainda eram gigantescos e a computação em si era rudimentar, a cientista, física, professora e mestre em matemática Grace Hopper apareceu como um dos principais nomes da programação. Por mais que pouco fosse falado da área em si, sua atuação permitiu a interpretação, parte dos computadores, de comandos em inglês, ao invés dos tradicionais números e símbolos.
Graças a ela, linguagens mais “humanas” foram sendo criadas e implementadas com o passar do tempo. Hopper ainda foi a criadora da FLOW-MATIC, primeira linguagem com comandos em inglês. Mais tarde, essa linguagem se tornou base de uma mais conhecida, a COBOL.
Com os seus esforços, muito do que conhecemos pôde ser alcançado com pouco tempo de existência. E, com o avanço das tecnologias e serviços, houve o surgimento das tentativas de invasão e crimes ao redor do mundo. Por conta disso, a data de nascimento da cientista é comemorada por todos da área, sendo o dia 9 de dezembro, um dia de recordação em sua homenagem.
Nos anos 1970, o primeiro vírus foi criado, circulando pela ARPANET (antecessora da internet) e, para pará-lo, foi criado o primeiro serviço de segurança contra eles, o antivírus. Na década seguinte, houve um crescimento vertiginoso dos malwares e a resposta com a fundação da McAfee e do primeiro antivírus comercialmente difundido.
Porém, foi nos anos 2000 e com o grande avanço da internet que o número de ataques e ameaças aumentou de forma considerável. A partir de então, a preocupação com a segurança cresceu e passou a ser tema de maior debate.
Sobre o início desses ataques, Julio Concilio, especialista em cibersegurança e professor mentor da IBSEC, relembra que “na época, não havia consciência dos danos reais que poderiam ser causados através da rede. Isto mudaria com o vírus do tipo ‘phishing’, chamado de ‘Loveletter’. Ele se espalhou em apenas cinco horas por computadores na Ásia, Europa e América. A estimativa é de que esse ataque gerou danos econômicos avaliados em €10 bilhões”.
Anos depois, em 2017, um ataque supostamente patrocinado pelos EUA atingiu milhões de computadores, mas não prejudicou a economia global. Entretanto, mostrou que que ransomwares poderiam ser lançados por Estados, criando um alarde ainda maior.
Por essas questões, a importância da segurança digital aumenta a cada ano e avanço que passam. Hoje em dia, prejuízos financeiros e crises políticas podem ser gerados pelos ataques. Isso faz com que a necessidade de se defender disso seja sempre muito alta.
Agora, com a presença e crescimento das Inteligências Artificiais, os ataques conhecidos como “phishing” podem aumentar de tamanho e frequência. Sua principal característica é se passar por um site oficial e atuar roubando dados ou pagamentos de clientes que não percebem essa diferença do que é falso ou não.
Em datas comerciais, é comum que esse tipo de ataque seja usado como forma de lucrar ilegalmente. Uma das formas de se perceber que se trata de um ataque a suas informações é analisar com calma alguns detalhes. Segundo Concilio, “URLs como nomes errados, erros de ortografia, links de origem duvidosa, e-mails incomuns, todos esses detalhes são possíveis de se notar, mas o usuário não percebe, por não estar preparado. Quando se recebe alguma mensagem ou encontra promoções ‘boas demais para serem verdade’, possivelmente é um golpe. Por isso, é sempre bom verificar de onde veio o e-mail e onde se está navegando, no caso de compras. São nesses momentos que os criminosos agem”.
Além do próprio usuário, as empresas também precisam se preocupar com a segurança de seus funcionários, dados e clientes. Quando ambos os lados se preocupam e agem, é mais difícil do golpe acontecer. Porém, na visão de Concilio, “O usuário não é obrigado a entender de segurança cibernética, mas a empresa tem o dever de zelar por ele e por si própria”.
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