A imigração ilegal é um tema recorrente nas críticas da campanha de Donald Trump, que acusa a administração Biden e Kamala Harris de falhas no controle das fronteiras, especialmente no Sul, onde o fluxo de pessoas vindas do México continua a crescer. Trump defende que a falta de políticas mais rígidas compromete a segurança nacional e afeta negativamente a economia. Kamala Harris, por sua vez, argumenta que a imigração precisa ser gerida de maneira humanitária, equilibrando as necessidades econômicas com as demandas sociais e humanitárias crescentes.
Apesar das críticas à imigração ilegal, há um amplo reconhecimento da importância dos imigrantes que entram de maneira legal e contribuem diretamente para o crescimento econômico dos EUA. O impacto dos imigrantes no mercado de trabalho e no empreendedorismo é inegável, sendo que mais de 40% das empresas da Fortune 500 foram fundadas por imigrantes ou seus filhos, conforme dados do Conselho Americano de Imigração. Essas empresas, chamadas de “Novas Americanas”, desempenham um papel fundamental na geração de milhões de empregos e na promoção da inovação em diversos setores da economia.
Em 2024, o relatório do Conselho Americano de Imigração destacou tanto o maior número de empresas fundadas por imigrantes desde 2011 quanto a alta concentração de estrangeiros em estados como Califórnia (27%), Texas (17%), Flórida (21,6%) e Nova York (23%), que se beneficiam diretamente dessa força de trabalho. Esses estados, que abrigam grandes contingentes de imigrantes, são também as economias mais poderosas do país, com a Califórnia, por exemplo, superando a economia da França. A presença de imigrantes nessas regiões está diretamente ligada ao seu papel como motores de crescimento, inovação e geração de empregos, destacando a contribuição significativa desse grupo para o desenvolvimento econômico e tecnológico dos Estados Unidos.
Além das grandes corporações, a demanda por imigração legal para os Estados Unidos continua alta, atraída pelos muitos benefícios que o país oferece. Escritórios especializados, como a Bicalho Consultoria Legal, que relatam que 90% de seus clientes no primeiro semestre de 2024 procuraram seus serviços para migrar para os EUA, buscando oportunidades de crescimento em áreas de alta demanda como saúde, engenharia, TI, direito e administração. Este aumento no interesse destaca o país como um destino promissor para profissionais em busca de desenvolvimento e melhores condições de vida.
Entre os estados, Flórida, Califórnia e Massachusetts permanecem como os destinos mais procurados por brasileiros em busca de novas oportunidades, segundo o levantamento da Bicalho. No entanto, Nova York também se destaca como um centro emergente de oportunidades. Esse movimento é impulsionado pela crescente demanda nos setores de hotelaria, saúde e turismo, que possuem mais de 10 mil vagas de emprego abertas.
O Dr. Vinícius Bicalho, fundador da Bicalho, destaca que os brasileiros estão cada vez mais focados em encontrar ambientes que ofereçam segurança e oportunidades de crescimento profissional. “Mesmo em meio às acaloradas discussões políticas sobre imigração, a verdade é que os imigrantes que seguem os caminhos legais continuam sendo uma força essencial para o desenvolvimento econômico dos Estados Unidos. Seu esforço e espírito empreendedor não apenas fortalecem a economia, mas também ajudam a moldar o futuro do país. Para os brasileiros em busca de melhores oportunidades de emprego, qualidade de vida e segurança, os EUA permanecem um destino de grande atratividade,” afirma o especialista.
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LIS ANDRESSA DE ASSIS
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