Em um movimento inédito, a ONG SP Invisível lança o PSPI, plataforma com o objetivo de chamar atenção de uma causa real que envolve o direito das pessoas em situações de rua serem vistas. A campanha “Pelo Direito de Ser Visto” foi assinada pela FutureBrand São Paulo, ecossistema integrado em gestão de marca, cultura e negócio, e criada especialmente para o período de eleições, desafiando a sociedade a pensar nessas pessoas marginalizadas.
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“Nós pensamos esse projeto como uma provocação criativa que desafia a sociedade a enxergar quem sempre esteve à margem. Queremos que essa campanha inspire uma reflexão profunda sobre o papel das eleições e quem realmente deve ser representado”, ratifica Guilherme Lemos, Diretor de criação da FutureBrand São Paulo
A campanha apresentará o PSPI, formado por pessoas em situação de rua como representantes, com propostas focadas em alimentação, moradia, emprego e saúde. As abordagens incluem jingles, vídeos, santinhos e até mesmo ações de mídia externa (OOH), proporcionando aos porta-vozes das ruas a oportunidade de expor suas ideias e necessidades reais.
“A cada dois anos, vemos candidatos sem compromisso real com a sociedade ocupando espaços preciosos na mídia, enquanto a população em situação de rua continua invisível. O PSPI é nossa forma de dar voz a essas pessoas, mostrando que suas necessidades e propostas merecem ser ouvidas e vistas”, afirma André Soler, CEO e Fundador da SP Invisível
O ponto alto das ativações foi o evento de lançamento, que aconteceu na Avenida Paulista, um dos maiores símbolos da cidade de São Paulo, no domingo, dia 22 de setembro. A ideia foi chamar a atenção do maior numero de possoas possíveis.
Durante o evento, figuras públicas e representantes de movimentos sociais compareceram em apoio à causa. Os discursos dos líderes do PSPI ressaltaram a importância de se construir políticas que realmente contemplem as necessidades dessa população, que é frequentemente ignorada no cenário político tradicional. De acordo com uma pesquisa da FGV de 2022, 71% das pessoas em situação de rua no Brasil não se sentem representadas por partidos políticos, o que reforça a urgência de inclusão. A iniciativa do comício serviu não apenas para mobilizar a opinião pública, mas também para incentivar uma participação cidadã mais ativa por parte das pessoas em situação de rua, um grupo que, segundo o IPEA, já ultrapassava 281 mil indivíduos em 2023.
Com o PSPI, espera-se que essa população adquira uma voz mais forte e representativa nas discussões políticas, contribuindo para a construção de uma São Paulo mais justa e inclusiva. O PSPI não é um partido político, mas uma causa real que envolve o direito de visibilidade das pessoas em situação de rua.
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MARCELLA FERNANDES IZZO
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