O engenheiro José Manoel Ferreira Gonçalves, formado em Engenharia Civil pelo Mackenzie e membro da Academia Mackenzista de Letras, apresentou uma proposta para a criação de uma cadeira in memoriam na Academia Mackenzista de Letras, em homenagem ao engenheiro Rubens Beyrodt Paiva.
Ex-aluno do curso de Engenharia Civil do Mackenzie, Rubens Paiva ingressou na Escola de Engenharia da universidade em 1953. Além de sua carreira técnica, destacou-se como intelectual e homem público, sendo eleito deputado federal em 1962. Com uma trajetória marcada pela defesa da democracia e da justiça social, foi brutalmente perseguido e se tornou uma das vítimas da ditadura militar instaurada em 1964. Seu nome é hoje símbolo da luta pela verdade no Brasil, e seu legado continua vivo na história nacional.
Diante de sua importância, José Manoel propõe que a memória de Rubens Paiva seja eternizada com a criação de uma cadeira póstuma na Academia, ressaltando seus ideais e contribuições para a sociedade. A iniciativa visa destacar não apenas sua atuação política, mas também seu impacto intelectual e seu vínculo com a universidade.
O projeto detalhado da proposta já foi encaminhado à instituição e apresenta um histórico sobre Rubens Paiva, sua formação no Mackenzie, sua atuação como escritor e sua influência no cenário nacional. O documento também enfatiza a relevância cívica e literária de sua obra, que segue atual para a sociedade brasileira.
Para o engenheiro José Manoel Ferreira Gonçalves, “é uma honra muito grande ver a Academia reconhecer a trajetória de Rubens Paiva, um homem que fez parte da história do Brasil. Sua memória também está ligada à sua família, que inspirou o livro de Marcelo Rubens Paiva e recentemente foi representada no filme Ainda Estou Aqui, vencedor de prêmios importantes.”
A proposta aguarda análise da Academia Mackenzista de Letras, e a expectativa é que a homenagem seja concretizada nos próximos meses.
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MORGANA SANTOS OLIVEIRA
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