Com uma trajetória que mistura vida pessoal e ficção, a escritora fluminense Ana Paula Couto lançou em 2022 seu primeiro romance, “Amor de Manjericão” (230 págs, Ases da Literatura), obra que retrata, com humor e sensibilidade, os desafios de uma mulher com mais de 40 anos em meio a um divórcio, novas paixões e a redescoberta de si mesma. Agora, a autora se prepara para a estreia da sequência, “Amor de Alecrim”, prevista para o segundo semestre de 2025, continuando a história com temas como menopausa, crise conjugal e independência emocional.
“Quis trazer um spot ao cotidiano feminino”, afirma Ana Paula sobre a inspiração para “Amor de Manjericão”. O livro, classificado como chick-lit, mescla leveza e profundidade ao abordar questões como etarismo, maternidade e sexualidade. A protagonista, inicialmente sem nome, foi batizada como Amanda na sequência — sugestão de uma leitora —, aprofundando sua jornada aos 50 anos. “As histórias trazem, por meio de uma leitura fluida, o gostinho de se dar a volta por cima e saborear a esperança”, reflete a autora.
A escrita do romance surgiu quase como uma terapia. Originalmente um conto, a narrativa ganhou corpo durante a pandemia, transformando-se em um projeto que mudou a vida da autora. “Escrever e lançar esse livro modificou a minha vida como um todo. Foi uma virada de chave”, confessa Ana Paula, que, após 26 anos como professora de inglês, viu-se reconhecida como escritora. Participações em bienais e festivais literários consolidaram sua carreira na literatura.
A escolha pelo chick-lit não foi intencional, mas natural. “Minhas tramas fluem como uma conversa de uma mulher com outras mulheres”, explica. A estrutura descontraída e a identificação com o público são marcas da obra, que também incorpora elementos lúdicos, como ervas e personagens místicos. Em “Amor de Alecrim”, uma curandeira parteira se junta à trama, adicionando camadas de magia ao enredo.
Sobre a autora
Ana Paula Couto nasceu em Nova Friburgo (RJ), onde ainda reside. Professora de língua inglesa por mais de duas décadas, redescobriu na pandemia sua paixão pela escrita, publicando contos e crônicas em antologias antes de estrear na literatura solo. Participou de eventos como Flip e Bienais do Rio, São Paulo e de Pernambuco, Flip, além de integrar coletivos de escritoras. Casada, mãe e avó, divide seu tempo entre as salas de aula e a criação de novas histórias.
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VERIANA RIBEIRO ALVES
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