Em São Paulo, capital, cerca de trinta por cento dos eleitores aptos a exercerem o sufrágio se abstiveram de comparecer às suas seções. Omitiram-se. Deixaram de participar da obrigação, que é também direito, de influenciar a condução da coisa pública na cidade em que moram.
Isso é lamentável. Fragiliza a já debilitada experiência democrática brasileira. Uma Democracia que o constituinte de 1988 acenou com nova formatação: Democracia Participativa, mais aberta à cidadania do que a mera Democracia Representativa, que estava fazendo água.
Não é possível que se queira uma cidade melhor, se não houver maciça atuação cidadã. Com que legitimidade alguém que não votou vai pretender criticar algo que não ande bem na gestão pública local?
Quem deixou de cumprir com o seu nobre dever no dia 6 de outubro, ainda tem condições de votar no dia 27, último domingo deste mês, nas cidades em que há segundo turno. Pelo menos agora, coloque sua consciência em estado de alerta, e escolha o melhor para o lugar onde você mora. É sua obrigação influenciar a gestão do dinheiro que você mesmo entrega ao Poder Público, pois uma Prefeitura não produz verba. Ela trabalha com o produto dos tributos, a contribuição de cada indivíduo para sustentar a máquina estatal.
Mostre interesse pela sua cidade, se não for possível mostrar amor, que é o sentimento que levou muitos que já não estão aqui, a construírem uma gigantesca megalópole, a maior cidade do Brasil, uma das maiores do mundo.
São Paulo precisa de seu carinho. Ela pode ser ainda bem melhor do que já é. Tanto que é o município mais visitado no Brasil, por brasileiro e por estrangeiros. Contribua com o seu voto no próximo dia 27. Convença alguém que não votou a votar e a ficar em paz com sua consciência. De sua participação também depende o futuro da cidade e das futuras gerações.
*José Renato Nalini é Secretário-Executivo das Mudanças Climáticas de São Paulo.
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LUCIANA FELDMAN
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