Para se ter uma empresa, requer um conjunto de práticas e definições que auxiliam no desenvolvimento do empreendedor. São inúmeros os tipos de negócios no país e a modalidade individual permite que um profissional possa começar uma empresa por conta própria.
Segundo a pesquisa Potência Negra, elaborada pela Feira Preta e pelo Instituto Locomotiva Brasil, nove em cada dez pessoas negras no Brasil (85%) têm interesse em empreender. Entre homens negros, o percentual é de 83%, chegando a 88% entre mulheres negras. Abrir seu próprio negócio em 2024, independente do modelo de negócio escolhido, é uma decisão que deve ser tomada após muitos estudos. Antes da cartada final de escolha, é importante lembrar que nenhum negócio é mais fácil que outro, muito menos que se mantenha com o mínimo de apoio.
Para contribuir com quem pensa em iniciar seu próprio negócio em 2024, as empresárias da PretaHub, Conta Black e Movimento Black Money dão dicas práticas. Confira:
Segundo Adriana Barbosa, diretora executiva da PretaHub e fundadora do Festival Feira Preta, é recomendável muito estudo e planejamento. “O mercado de consumo mudou muito nos últimos anos e para iniciar um novo negócio é preciso olhar as tendências e recalcular rota se for necessário. Construir um bom plano estratégico pode ser o diferencial competitivo de uma empresa, mas, além disso, é necessário estar alinhado à sua intuição”.
Fernanda Ribeiro, CEO da Conta Black, reforça que é preciso pesquisar o mercado que deseja atuar. “Entenda a dor do cliente que deseja atender, os negócios que dão errado, são normalmente liderados por empresários, mais apaixonados pela solução do que pelo problema que estão resolvendo. Teste de maneira barata, o chamado MVP (produto mínimo viável) é um protótipo da solução a ser oferecida, e não precisa ser extremamente sofisticado, pois ele tem a função de validar a solução e colher melhorias. E por fim, faça o planejamento financeiro do seu negócio, incluindo o máximo possível (e inimaginável) de custos, bem como todas as opções de receita”, declara.
Para a CEO do Movimento Black Money e D’ Black Bank, Nina Silva, além de planejamento financeiro e boas estratégias, empreendedores devem se atentar a possíveis parcerias. Ela, que é conselheira do Mover (Movimento pela Equidade Racial), explica que grandes corporações têm revisitado sua cadeia de valor, o que favorece negócios menores: “De um lado temos resultados expressivos para empresas que mudaram fornecedores para atendimento às demandas sociais, bem como dos seus investidores. De outro, as micro e pequenas empresas; e 52% delas são de pessoas negras. Há uma contribuição milionária para a economia brasileira nas mãos da diversidade”.
Além disso, a executiva, que aconselha o Mover na estruturação de ações em prol do empreendedorismo negro, reforça que afroempreendedores podem se beneficiar de iniciativas como essa para impulsionar o desenvolvimento das suas próprias empresas: “Se fazemos tanto na escassez, imagine com acesso a oportunidades?”.
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