Por Roberta da Trindade
Outro dia, ouvi de uma amiga:
— Eu adoraria investir em mim, mas agora não dá… tô sem tempo. E sem dinheiro.
Fiquei em silêncio. Não por julgamento — mas porque eu já me ouvi dizendo isso. E hoje refletindo sobre isso, percebi que, no meu trabalho, me deparo com esse mesmo discurso quase diariamente:
— “Adoraria gravar, mas agora não consigo.”
— “Adoraria participar, mas estou sem tempo.”
— “Estou totalmente sem verba para o marketing.”
É como um eco coletivo. Uma justificativa que parece fazer sentido.
“Não tenho tempo” e “não tenho dinheiro” são frases que saem da nossa boca com a mesma naturalidade com que pedimos um café. São respostas automáticas, justificativas universais. Mas por trás delas, existe algo mais profundo — e desconfortável: a falta de prioridade.
A verdade é que tempo e dinheiro a gente arruma quando algo realmente importa. A gente se vira. Acorda mais cedo, vende alguma coisa, muda a agenda. Faz acontecer.
Mas quando não damos prioridade, tudo se torna caro demais ou demorado demais.
Dizer “não tenho tempo” é, muitas vezes, uma forma elegante de dizer “isso não é importante o suficiente pra mim agora”.
Dizer “não tenho dinheiro” pode ser, também, um medo disfarçado de fracassar, de se comprometer ou de sair da zona de conforto.
E tudo bem. Ninguém precisa querer tudo o tempo todo. Mas é preciso ter coragem de ser honesto com suas escolhas — inclusive com aquilo que você está deixando de lado.
Eu aprendi, com o tempo, que a vida cobra o preço das nossas prioridades.
Quando não priorizamos a saúde, a conta vem em forma de cansaço, doença e estresse.
Quando não cuidamos da visibilidade da nossa empresa, não fazemos networking, a empresa desaparece — e a gente se torna invisível.
Quando não priorizamos nossos sonhos, eles não morrem — apenas envelhecem dentro da gente, até que nos tornamos alguém que olha para trás com arrependimento.
O tempo não é sobre ter. É sobre escolher.
O dinheiro não é sobre ter. É sobre direcionar.
Então, da próxima vez que você ouvir (ou disser):
— “Não tenho tempo.”
— “Não tenho dinheiro.”
… respire fundo. E pergunte: o que estou colocando na frente disso?
A resposta pode não ser confortável.
Mas com certeza será libertadora.
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Colunista: Roberta da Trindade é Multiempreendedora | Criadora e Apresentadora do Habla Empreendedora (TV, Rádio, Podcast, Youtube) e Habla FM | Especialista em Vendas e Desenvolvimento Comercial | Fundadora da Efoco Soluções Comerciais .
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ROBERTA FABIANI DA TRINDADE
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