Rio de Janeiro, dezembro de 2024 – A Seagems, empresa brasileira especializada em soluções de engenharia submarina, concluiu nesta sexta-feira (20) o recolhimento de um duto flexível utilizado na cadeia de petróleo no Campo de Búzios, na Bacia de Santos. A operação, realizada de forma preventiva e a pedido da Petrobras, teve o objetivo de evitar eventuais impactos às unidades operadoras e ao ecossistema marinho, uma vez que as linhas nessa situação apresentam uma fragilização estrutural por influência de dióxido de carbono (CO2) em sua estrutura.
Anteriormente o duto estava abandonado em solo marinho após ser desmobilizado contingencialmente em uma operação de pull-out e abandono. A Seagems foi escolhida para recolher e desmobilizar 3 linhas nessa abrangência, a mais desafiadora delas foi a primeira, que tinha flutuadores acoplados. O nível elevado de CO2 fez com que o duto tivesse um limite de carga muito inferior ao que foi planejado em projeto, o que impossibilitou um recolhimento de maneira tradicional por risco de rompimento, mesmo com a compensação de peso feita com os flutuadores instalados. Com a participação de Topázio e Diamante, cada um executando o recolhimento a partir de uma das extremidades, o peso da linha foi dividido e monitorado de acordo com os limites projetados já considerando as limitações das linhas. “Essa operação envolve um cuidado técnico elevado, já que o desgaste das linhas reduz sua capacidade de resistência à carga. A retirada foi solicitada para garantir a segurança operacional e prevenir eventuais danos ambientais. Por isso, nossas embarcações Topázio e Diamante atuaram simultaneamente para realizar a desmobilização com máxima eficiência e segurança,” afirma Lucas Watanabe, Vessel Operations Manager (VOM) da Seagems.
“Foi necessário criar um grupo de trabalho específico em parceria com o cliente e que envolveu diferentes fases de engenharia, com bastante interface com as equipes de bordo. A colaboração de todos foi fundamental para o sucesso dessa operação pioneira com alto nível de complexidade”, complementou Marcelo Silva, gerente de engenharia da Seagems.
A iniciativa amplia a cartela de serviços da Seagems e se dá no âmbito contratual atual da Seagems com a Petrobras, que identificou a atual necessidade devido à ocorrência do processo de corrosão conhecido como SCC-CO2 (Stress Corrosion Cracking por Gás Carbônico), que reduz a durabilidade do material (que vai de 20 a 25 anos) para somente 5 anos. “A Seagems com seus PLSVs Diamante e Topázio fizeram o primeiro recolhimento de linha na abrangência SCC-CO2, em catenária dupla, aspecto desafiador que coloca em risco a integridade das linhas. É só o começo! Em 2025 temos a expectativa de recolhimento de 66 linhas nessa abrangência, apoiando à Petrobras nesse importante e desafiador projeto de contingência evitando possíveis impactos ambientais e à produção de óleo e gás.” conclui Watanabe.
As outras duas linhas envolvidas na atividade serão recolhidas nos próximos dias, sem a necessidade de manobra de catenária dupla.
Entenda o processo
A operação aconteceu no Campo de Búzios, situado na porção central da Bacia de Santos, a cerca de 180 km da costa do município do Rio de Janeiro, em uma lâmina d’água de aproximadamente 1.900 m de profundidade. A mobilização teve início em 10 de dezembro, quando os navios da Seagems chegaram ao local para iniciar os trabalhos, que foram concluídos nesta sexta-feira (20/12).
Sobre a Seagems
Especializada em soluções práticas de engenharia submarina, a Seagems oferece respostas inovadoras às demandas offshore da indústria de energia. A empresa conta uma frota de seis navios PLSV e tem escritórios nas cidades do Rio de Janeiro, Rio das Ostras e Viena. A Seagems é 100% brasileira, resultado de uma joint venture entre duas multinacionais de renome: Sapura Energy Behard e Paratus Energy Services Ltd. Atualmente a Seagems tem contratos de longo prazo assegurados para toda a frota a serviço da Petrobras.
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SARAH ANDRADE DA COSTA
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