Na última década, pensar como uma startup passou a ser sinônimo de decisões rápidas e baseadas em dados, de experimentação sem receio de errar, de estar na vanguarda e eternamente em projeto Beta. No conceito, uma startup é uma empresa emergente e inovadora, focada em criar um modelo de negócio escalável, oferecendo soluções para desafios específicos, muitas vezes ligada ao tecnológico, entretanto, pode representar qualquer setor. Mas quando falamos em pensar como uma startup, pode ser dentro de uma multinacional ou no mercadinho do bairro.
As startups, por sua natureza, operam em um ambiente de alta incerteza e exigem uma capacidade de adaptação acelerada às mudanças do mercado. Isso se traduz em uma cultura de pensamento rápido e testes frequentes. A análise de dados e métricas são fundamentais para avaliar o progresso e identificar oportunidades de melhoria. A falha é vista como uma brecha de aprendizado e não como um fracasso.
O que é ter um “pensamento de startup”? De forma resumida, seria:
Ser proativo e tomar iniciativa;
Ser capaz de identificar e aproveitar oportunidades;
Ser resiliente e adaptável às mudanças;
Ser capaz de tomar decisões rápidas;
Não ter medo de errar;
Não ter medo de recomeçar;
Ser intuitivo;
Tomar decisões baseados em dados;
Pensar em escala.
Embora as startups sejam frequentemente elogiadas por sua inovação e potencial de crescimento, existe também um certo preconceito com elas e com o termo. Esse preconceito pode ter várias origens, seja pelo alto risco de falha, o pouco histórico da empresa e as frequentes mudanças de decisões, que podem ser vistas como uma falta de comprometimento. As startups são frequentemente associadas à geração Y, o que pode levar a estereótipos negativos sobre a ética de trabalho e a maturidade dos fundadores.
Assim, alguns empreendedores costumam ter restrições de apresentar suas empresas como startups, pelas consequências do preconceito com o nome, como a dificuldade em obter investimentos, de atrair e reter talentos, fechar parcerias com empresas maiores ou conquistar clientes. Entretanto, o preconceito com startups é um problema real que pode ter reflexos negativos para o desenvolvimento do ecossistema de inovação. As startups são um importante motor de inovação e crescimento na economia.
O “pensamento de startup” não é apenas um conceito que entrou nas rodas de conversa quando as empresas de tecnologia do Vale do Silício tiveram o seu grande boom, ele pode ser aplicado a qualquer empresa ou organização que pode se beneficiar da adoção de uma cultura de experimentação, aprendizado e adaptação rápida. É uma forma encontrada pelas empresas tradicionais de se manterem em movimento, de estarem na vanguarda dos seus mercados.
*Nilio Portella – graduado em Economia pela Universidade Federal do Amazonas, MBA em Marketing pela FGV e MBA em Ações e Stock Picking pelo IBMEC. Nilio Portella é CEO e co-fundador do M&P Group – um dos maiores grupos de comunicação do país. Ligado aos movimentos da nova economia, busca investir em startups do setor de Comunicação & Marketing, além de empresas de diversos setores. Fundou, ao lado do sócio Túlio Mêne, o fundo Captall Ventures.
Sobre o M&P Group
O M&P Group é uma das principais holdings de mídia e inovação do país. Criado há 17 anos, a partir da agência de publicidade Mene & Portella, o conglomerado possui mais de dez empresas especializadas no mercado de criação, produção, distribuição e proteção de conteúdo; gerenciamento de carreiras de influenciadores e creators. Formado por Mene Portella Comunicação, Bossa Invest, Non Stop, eMotion, One Big Media, Trakto, Oinc Filmes, Showkase, OnMovie, 4Equity – Media Ventures e nScreen, o grupo faturou R$300 milhões em 2023. Em 2022, fechou com o faturamento de R$ 250 milhões e R$ 100 milhões do ano anterior. A companhia possui também uma vertical de inovação, por meio da CaptAll Ventures, com sede em São Paulo, com o objetivo de investir em startups que tem como foco a economia criativa, como martechs, adtechs e mediatechs.
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