O Beach Tennis, modalidade criada na Itália no final da década de 1980, misturando tênis tradicional, vôlei de praia e badminton, vem se tornando cada vez maior no Brasil e no mundo. Para entender os hábitos de seus praticantes, a H2R Insights & Trends, em parceria com a Graux, realizou o Panorama de Hábitos no Beach Tennis, uma pesquisa quantitativa feita com o público presente na Superliga de Beach Tennis, evento promovido em São Paulo. O levantamento percebeu um ponto interessante: o esporte é uma excelente oportunidade de negócios para as marcas.
O estudo contou com a participação de 110 pessoas presentes no evento, sendo elas majoritariamente do sexo feminino, entre 18 e 39 anos, de classe A e com ensino superior completo. Interessante ver que os entrevistados entendem que o Beach Tennis é, essencialmente, um hobby, um estilo de vida. Ou seja, o esporte não é moda.
“A popularização rápida do Beach Tennis teve reflexos na paisagem e na agenda da cidade. Além da grande quantidade de arenas, inúmeros torneios foram criados. A maioria desses eventos ainda é amador, mas a adesão é grande, com 89% dos entrevistados já tendo participado de pelo menos um deles”, analisa Rubens Hannun, CEO da H2R
Presença forte nas mídias digitais – Os praticantes de Beach Tennis são usuários frequentes de redes sociais. Mais de 70% dos entrevistados consideram importante ou muito importante ter fotos e vídeos deles jogando o torneio, independentemente do motivo. Pode-se considerar o Beach Tennis como um esporte que, além de contribuir para a socialização no mundo real, é importante para a autoimagem das pessoas. Um lifestyle que é refletido em suas postagens nas redes sociais.
Oportunidade de negócio – O Beach Tennis ainda é um mercado a ser explorado para as marcas de produtos esportivos. Além da necessidade da compra de raquetes e bolas, é um esporte em que as pessoas precisam estar devidamente trajadas. Por exemplo, cerca de metade dos entrevistados que jogam Beach Tennis sabe o que é Fit Wear, ou seja, roupas especiais para a prática de esportes. Dessas pessoas, quase 70% dizem comprar roupas nesse estilo. Sendo assim, além das raquetes e das bolas é possível enxergar uma valorização do setor de roupas especiais para a prática do esporte.
Público informado, exigente e preocupado com a performance – O estudo percebeu que os praticantes do esporte são bem-informados e preocupados em ter bom desempenho em quadra. Para 92% dos entrevistados que praticam a modalidade, a raquete impacta na performance do jogador nas partidas. Sendo assim, entre os atributos considerados ao comprar uma raquete, é possível destacar tipo/qualidade do material, peso, espessura, quantidade de furos, potência e superfície. Com relação a preço, esse é um item que aparece somente em quarto lugar, ou seja, não tem relevância tão significativa na decisão de compra.
“É possível perceber o quanto o mercado de Beach Tennis conta com vastas oportunidades para diversos setores atuarem, como vestuário e acessórios/equipamentos esportivos, lojas, restaurantes, bares, eventos, aluguel de espaço, entre outros. As possibilidades são amplas e podem engajar tanto as pessoas que jogam quanto as que não jogam. Mesmo que não haja um interesse no esporte, a pessoa ainda pode se envolver de outras formas dentro de eventos como a Superliga”, afirma Hannun.
Segundo ele, tudo indica que o Beach Tennis ainda está em uma curva de crescimento, se expandindo para além de produtos especiais e torneios amadores. Inclusive, a profissionalização do atleta de Beach Tennis já existe no Brasil e em outros países. “Um manancial interessante para marcas esportivas ou empresas que podem ter na prática um bom caminho para negócios”, conclui o CEO da H2R.
Metodologia – Para essa pesquisa foram entrevistados presencialmente 110 participantes do evento Superliga de Beach Tennis, sendo 80 pessoas que jogam Beach Tennis e 30 que não jogam. Foram ouvidas pessoas entre 18 e 60 anos ou mais, das classes AB, sendo 45% homens e 55% mulheres.
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MARCO ANTONIO BARONE MORALES
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