Apesar de estrategicamente correto para conter a inflação, o aumento da taxa Selic não soou bem ao setor de comércio e serviços da capital mineira. Para a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), o quarto reajuste consecutivo pode inibir o consumo além do necessário.
“Entendemos que essa estratégia é para coibir a inflação, já que, no momento, temos um mercado de consumo aquecido pelo pleno emprego e resiliência das atividades econômicas. O receio é que esse freio ao consumo seja além da conta e prejudique o comércio, maior gerador de empregos da cidade”, avalia o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva.
Segundo o dirigente, a previsão de juros mais altos por mais tempo, já anunciada pelo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, deixa o setor em alerta. “A Selic chega em seu maior patamar desde 2023. Estimam ainda que, em 2025, chegue a 15%. A ampliação do período de aumentos pode impactar o comércio, já que o reajuste pesa no bolso do consumidor, reduz o acesso ao crédito e limita o consumo. O ideal é que o governo encontre alternativas para conter o cenário inflacionário sem prejudicar um setor que, somente agora, apresenta sinais de recuperação pós-pandemia”, sugere.
Ainda de acordo com Souza e Silva, outro fator crucial para o controle da inflação no país é o equilíbrio fiscal na gestão do governo. “É imprescindível que o governo equilibre as contas e gaste menos que arrecada. Esperamos que o anúncio do corte de gastos, previsto para o início de fevereiro, realmente aponte reduções significativas e mostre que o governo está focado neste problema fiscal”, finaliza o presidente da CDL/BH.
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MARIA CRISTINA GOMES REIS
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