Fora dos mapas das chuvas, Belo Horizonte e cidades da Região Metropolitana chegaram ao fim de agosto com a marca de quatro meses de seca. Já são mais de 140 dias sem precipitações na capital mineira e, enquanto os guarda-chuvas não saem das gavetas, médicos incentivam o aumento dos cuidados com a saúde. Uma preocupação que não pode ficar de lado é com o ressecamento dos olhos. O oftalmologista Antônio Jordão de Barros, da Hapvida Notredame intermédica, chama atenção para as principais consequências da baixa umidade na saúde ocular.
Coceira, ardor e irritação nos olhos: nada disso deve ser ignorado. Segundo Antônio Jordão, mesmo aquela sensação incômoda de que um cisco entrou no olho pode indicar que algo não está correto. O médico alerta que, durante os períodos de estiagem, o problema mais comum é o ressecamento da córnea e da conjuntiva, estruturas do olho que ficam expostas ao tempo.
“Uma boa lubrificação, com uso de colírios recomendados por médicos, é essencial na proteção contra os efeitos da baixa umidade”, enfatiza. Ele explica que a produção de lágrimas tende a diminuir com a idade. Condições médicas como doenças reumáticas e autoimunes podem agravar ainda mais o ressecamento ocular.
“A instilação de lubrificantes, várias vezes ao dia, é indispensável para a saúde e o bem-estar dos olhos. Usuários de lentes de contato e pacientes com a chamada síndrome do olho seco, que via de regra é decorrente das doenças autoimunes, devem redobrar os cuidados”, afirma.
Algumas dicas simples no dia a dia também podem fazer a diferença. São práticas que vão desde beber água e proteger os olhos do vento com óculos de sol até regular o uso de telas, fazendo pausas para descansar a vista. O especialista também alerta sobre a importância da higienização dos olhos, lembrando sempre de manter as pálpebras limpas com um lenço ou sabonete suave e, principalmente, não esfregá-las.
“É muito importante as pessoas agendarem consultas anuais com um oftalmologista para monitorar a saúde ocular, mesmo para quem não utiliza lentes de correção”, pontua. No entanto, ele adverte que pacientes com condições que afetam a produção de lágrimas devem agendar consultas com maior frequência, conforme necessário. “Mesmo que não seja uma preocupação latente nas pessoas, a saúde dos olhos não pode ser negligenciada, especialmente quando o assunto é hidratação adequada”, completa o médico.
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JOÃO MARCELO SOARES DE ALBUQUERQUE
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