A implementação do Trem Intercidades (TIC) Eixo Norte vai possibilitar o transporte de quase 550 mil pessoas por dia no primeiro ano de operação completa do empreendimento. Isso porque, além do trem expresso que ligará a capital paulista a Campinas, com uma parada em Jundiaí, o projeto prevê o Trem Intermetropolitano (TIM) entre Jundiaí e Campinas, que vai passar pelas cidades de Louveira, Vinhedo e Valinhos.
O leilão de concessão do projeto de Parceria Público-Privada vai ocorrer no dia 29 de fevereiro, na sede da Bolsa de Valores de São Paulo. A expectativa do Governo de SP é de investimentos de R$ 13,5 bilhões.
A empresa vencedora do leilão também passará a ser responsável pela Linha 7-Rubi, atualmente sob gestão da Companhia Paulista de Transportes Metropolitanos (CPTM), ligando a estação Barra Funda a Jundiaí e passando por 17 estações.
A previsão é que, em 2031, os três modelos estejam em operação simultaneamente. Neste cenário, somando a quantidade diária de passageiros, o estudo de demanda prevê o transporte de mais de meio milhão de pessoas.
Técnicos ainda projetam que a demanda pelo TIC Eixo Norte aumente ao longo dos anos. Em 2035, devem ser transportados diariamente 564 mil passageiros. Esse número deve chegar a 672 mil em 2050.
Os 11 municípios contemplados pelos trechos dos modais somam uma população de 15 milhões de pessoas, que serão beneficiadas pelas novas alternativas de rota.
Com o Trem Intermetropolitano, também chamado de trem parador, trabalhadores que viajam entre Jundiaí e Campinas diariamente, por exemplo, serão beneficiados diretamente.
“Esse projeto vai ser muito bom. Muitos jundiaienses trabalham em Campinas e o trem vai ajudar nesse fluxo. Vai evitar de ter que ficar pegando ônibus ou carro. Para a cidade, será muito importante”, opina o corretor de imóveis Ednilson Pereira Rosa, morador de Jundiaí.
A iniciativa do Governo de São Paulo, feita por meio de Parceria Público-Privada, além de facilitar a circulação de pessoas na região, vai ajudar na geração de emprego, valorização imobiliária e atração de investimentos.
Menos carros nas ruas
O modelo também ajuda a desafogar as rodovias, o que reduz acidentes e aumenta a sustentabilidade, considerando que o TIC usará trens elétricos.
Atualmente, o trecho São Paulo-Campinas pode ser realizado por meio de automóveis, fretados ou combinando trem e ônibus. Segundo dados da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), 74 milhões de veículos percorreram o trajeto entre Campinas e a capital paulista em 2023. Foram mais de 90 mil viagens realizadas pela via do fretamento no período.
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Fonte: www.saopaulo.sp.gov.br