O lipedema, uma condição crônica que ocasiona o acúmulo anormal de gordura, especialmente nas pernas, é uma doença que ainda desafia a medicina na busca por tratamentos efetivos. “Esse acúmulo é frequentemente desproporcional ao resto do corpo e é acompanhado de inflamação, retenção de líquidos e comprometimento da circulação linfática”, explica a esteticista Rafaela Desordi.
Diferentemente da obesidade, esta doença se distingue por um acúmulo excessivo de gordura nas extremidades do corpo, principalmente nas pernas, independentemente dos hábitos alimentares da pessoa. “A obesidade e o lipedema são frequentemente confundidas, mas são doenças diferentes. Na obesidade, o ganho de peso é generalizado, afetando várias partes do corpo. No lipedema, a gordura é mais localizada, geralmente nas pernas e, às vezes, nos braços. Além disso, obesidade está diretamente relacionada com o excesso de peso, já o lipedema tem uma conexão com fatores genéticos e hormonais. O lipedema, na grande maioria das vezes, é acompanhado de dor, sensibilidade e desconforto ao contrário da obesidade”, destaca a esteticista.
O lipedema apresenta características complexas, envolvendo inflamação localizada, retenção de líquidos e problemas circulatórios, impactando significativamente a qualidade de vida das pacientes tanto física quanto emocionalmente. “O lipedema em si causa dor, eu tinha muita dor nas pernas, dor na carne, pernas inchadas, hematomas sem dores. Após anos escondendo minhas pernas, sempre usando calça ou vestidos compridos, hoje me sinto mais segura, com a autoestima elevada para usar uma saia mais curta ou um short. E sem dúvida pela qualidade de vida que venho tendo”, conta a paciente Francielli Ferreira Peruchin, de 40 anos.
A condição pode progredir até o quinto grau de severidade, criando uma aparência desproporcional entre a parte superior e inferior do corpo. “A pessoa se torna uma pessoa na parte inferior e outra da cintura para cima”, diz Rafaela.
Entre os tratamentos emergentes, a criolipólise tem se destacado como uma opção promissora. Esta técnica utiliza o frio para estimular a desinflamação e trabalhar na redução da gordura característica do lipedema, que é mais compacta e resistente que a gordura comum. Rafaela explica que: “A criolipólise se diferencia porque o tratamento de lipedema desde a primeira sessão já trazer muitas vantagens para o paciente na redução dessa gordura, diminui essa inflamação que está ali e desde a primeira sessão a cliente se sente melhor, já tem menos inchaço, menos dor e com certeza a gente associa mais coisas além da criolipólise por conta de não ser só a gordura que incomoda uma pessoa com lipedema, então dentro do tratamento desenvolvido a criolipólise é essa peça chave para o resultado”.
Os benefícios são observados desde a primeira sessão, redução significativa do inchaço, diminuição das dores, melhora na qualidade de vida, possibilidade de redução dos níveis da doença, conforme relata a empresária Francielli “Os resultados são os melhores possíveis, primeiro foi a dor nas pernas diminuírem na primeira sessão, em seguida foi passando os inchaços e os hematomas que quase não aparecem mais, o aspecto da minha pele mudou radicalmente”.
A esteticista recomenda uma abordagem completa que inclui um diagnóstico médico preciso com exames específicos, acompanhamento nutricional, medicação adequada para controle da inflamação e combinação de procedimentos estéticos, como, por exemplo, drenagem linfática, correntes de estímulos elétricos, ultrassom e ozonoterapia. “Hoje eu recomendo que o paciente procure consulte o médico, que tem um diagnóstico 100%, faça os exames, um ultrassom, uma radiografia para ter certeza que está tudo bem, começa a tomar medicação indicada para desinflamar melhor a sua alimentação, fazer acompanhamento com a nutricionista e a partir daí a gente entra com o tratamento estético”, aponta a esteticista.
No combate ao lipedema, a nutrição surge como aliada importante. Uma alimentação adequada pode reduzir a inflamação, principal causa de dor, diminuir o inchaço nas pernas e ainda auxiliar na queima da gordura como fonte de energia. “Entenda que lipedema é uma doença, seu corpo está inflamado e precisa de ajuda. Não adianta somente fazer tratamento estético se você não cuidar da alimentação, beber bastante água diariamente e fazer atividade física. O resultado não vem sozinho”, orienta a empresária Francielli.
Uma alimentação cetogênica, abundante em gorduras benéficas e restrita em carboidratos, pode ser eficaz no tratamento do lipedema. “A ingestão adequada de água, a hidratação é fundamental para a saúde das células de todo o corpo. E de modo geral, os alimentos processados aumentam a liberação de citocinas inflamatórias que estão por trás dos sintomas, especialmente a dor e o inchaço. Com uma alimentação pobre em carboidratos (farináceos, biscoitos, doces, pães, massas, etc.) e alimentos ultraprocessados, reduzimos o nível de glicose no sangue e a tendência é que esses sintomas também diminuem”, explica a nutricionista Deisi Fraga Vagas.
A nutricionista cita alguns nutrientes, em particular, que têm se mostrado promissores nessa área:
Ômega 3 de boa qualidade,
Vitamina D
Whey Protein
É fundamental ressaltar que, embora não exista cura definitiva para o lipedema, o tratamento continuado tem apresentado resultados positivos. A frequência das sessões pode ser ajustada conforme a evolução do paciente. A esteticista alerta contra o autodiagnóstico, enfatizando a importância de uma avaliação médica adequada. “Para pacientes com lipedema, recomenda-se especificamente a criolipólise de arraste e de placas, evitando-se a técnica de sucção para não agravar o quadro inflamatório já existente”, diz Rafaela.
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ROSEANE DE ALMEIDA CENTENO
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