No mês em que celebramos o Janeiro Branco – campanha de conscientização da população sobre a importância da saúde mental e emocional –, a Universidade Santo Amaro (Unisa), uma das principais faculdades médicas do país, dá início a um projeto de pesquisa que busca analisar a prevalência e os efeitos da ansiedade e da depressão em atletas de alto desempenho.
O estudo liderado pelo pesquisador do Mestrado em Ciências da Saúde e professor e da Unisa, Lucas Melo Neves, e pelo pesquisador e professor da Universidade Estadual Paulista UNESP, Fabício Rossi, identificou prevalência de transtorno ou sintomas de ansiedade e depressão em atletas. “No esporte, essa condição pode ser influenciada por fatores pessoais, como a sexualidade, o gênero, renda e a etnia, por exemplo; e por questões externas inerentes a carreira do atleta, como as pressões com treinadores, patrocinadores e familiares”, comenta Lucas.
De acordo com os dados analisados que incluiu mais de 136 mil atletas de diferentes níveis, a prevalência de transtorno de ansiedade foi de 21% e de transtorno depressivo foi de 6%. Quando considerado apenas sintomas elevados, verificamos uma prevalência de 15% para sintomas de ansiedade e 18% para sintomas de depressão. O estudo identificou ainda que maiores prevalências de sintomas elevados de ansiedade ou de depressão são observadas em atletas amadores e em esportes individuais, e que a idade é um moderador de tal sintomas, onde atletas mais jovens apresentaram maior prevalência.
“Ainda que a prática da atividade física e de esportes de lazer tenham um impacto positivo na prevenção e no tratamento da ansiedade e da depressão, o resultado obtido com a análise dos dados indica a necessidade de se estabelecer cuidados preventivos em relação a saúde mental e emocional dos atletas profissionais e amadores”, comenta Neves.
Para o professor, há uma necessidade de explorar a influência do nível ou tipo de esporte e fatores como idade ou gênero, na prevalência de sintomas elevados de ansiedade e depressão entre atletas. “Investigar a prevalência e incidência de sintomas elevados é crucial para desenvolver intervenções de saúde mental personalizadas que abordem as pressões únicas que os atletas enfrentam em diferentes estágios de suas carreiras”, conclui Lucas.
Em outros estudos, como o realizado na Suécia, com jogadores de futebol profissional identificou que 14% deles apresentavam sintomas elevados de ansiedade ou de depressão, um indicar menor comparado com a população geral sueca que foi de 22%. Já na Austrália pesquisadores descobriram que as mulheres atletas apresentam maior incidência em transtornos mentais. Tais dados reforçam a importância de mais estudos em diferentes países e com diferentes níveis de atletas.
Para aqueles que necessitam de apoio o Sistema Único de Saúde (SUS) dispõe de serviços especializados, como os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), o atendimento em Unidades Básicas de Saúde (UBS) e canais especializados como o Centro de Valorização da Vida (CVV), que oferece atendimento gratuito e sigiloso 24 horas por dia, por telefone (188) ou chat on-line. A Unisa oferece à população tratamento psicológico realizado pelo Serviço-Escola de Psicologia o atendimento é realizado via agendamento pelo Central de Agendamentos, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, pelo telefone (11) 2174-3340 e e-mail: centraldeagendamento@unisa.br;
A Universidade também desenvolve programas para o apoio psicológico e psicopedagógico dos seus estudantes, por meio do Programa de Apoio ao Estudante (PAES) e do Programa de Atendimento Psicológico da Unisa (PAPU), realizado em parceria com o curso de Psicologia da instituição.
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