Considerada a instituição de ensino superior mais inovadora do mundo no WURI (World’s University with Real Impact) pelo terceiro ano consecutivo, a Universidade Minerva, de São Francisco (EUA), está de olho na expansão educacional na América Latina, onde também busca atrair talentos do Ensino Médio para se matricularem em seus programas globais de graduação.
Mike Magee, presidente da instituição de ensino, esteve no Brasil no início do mês de março para conversas com parceiros, entre empresários, fundações e universidades locais com o intuito de viabilizar a presença da Universidade Minerva no país.
Roteiro global de graduação
Com uma abordagem de ensino disruptiva, a Minerva oferece aos alunos uma experiência única. Não há salas de aulas ou provas tradicionais. O ‘campus’ é itinerante, de modo que, ao longo de quatro anos, os alunos vivem em diferentes locais ao redor do mundo. O curso começa em São Francisco, nos Estados Unidos, e segue para lugares como Seul (Coreia do Sul), Hyderabad (Índia), Berlim (Alemanha), Buenos Aires (Argentina), Tóquio (Japão) e Taipei (Taiwan). Todo o conteúdo oferecido é interdisciplinar, com aulas ministradas virtualmente, ao vivo, por meio de uma plataforma de ensino exclusiva e integradas ao aprendizado baseado em projetos e vivencial.
“Acreditamos muito no potencial que existe na América Latina, há amplo espaço para a expansão desse modelo diferente da abordagem tradicional de aprendizagem aplicada atualmente pelas universidades. Para isso, buscamos formar parcerias, além de compartilhar essa forma inovadora de se preparar para a liderança global e cidadania com os alunos da região”, destaca Magee.
No Brasil, a porta de entrada para instalação da Minerva deve acontecer por meio da criação de dois grandes laboratórios, um de Sustentabilidade e outro de Inteligência Artificial, onde os alunos de graduação da universidade passarão por uma imersão de três a quatro meses. “Estamos em negociações para inserir São Paulo, cidade com rica história e cultura, com toda a sua relevância econômica e geopolítica, no circuito global de destinos ao longo de sua formação”, ressalta o presidente da Minerva.
Atualmente, 34 brasileiros estudam na universidade. Desde sua fundação, em 2012, mais de 80 brasileiros se formaram na Minerva. Entre eles está Camila Loureiro, que se formou em 2022 e agora atua no quadro de funcionários da instituição, construindo parcerias e recrutando alunos na América Latina.
“Buscamos conexões com escolas em busca de jovens no final do Ensino Médio que tenham o perfil Minerva, ou seja, alunos com bom histórico escolar e que sejam engajados, ativos na busca por evolução na sociedade em que estão inseridos”, descreve Camila.
Para atingir a imersão global e cultural, os alunos são incentivados a viver e estudar em acomodações próprias da instituição em sete cidades ao redor do mundo. Dessa forma, eles podem vivenciar diferentes culturas e realidades, observando diversos problemas e sendo desafiados a buscar respectivas soluções. De fato, o perfil dos alunos reflete esse multiculturalismo: 20% dos alunos são norte-americanos; os 80% restantes são estudantes internacionais, vindo de dezenas de nacionalidades.
Para ingressar na Universidade Minerva, não há vestibular. Os alunos se inscrevem no site da instituição, têm o histórico escolar avaliado e participam de uma série de desafios que ajudam a revelar como cada candidato pensa e se expressa.
Os candidatos também preenchem um formulário listando o que consideram ser suas maiores realizações de vida, onde podem destacar suas paixões e motivações pessoais. “Essas são características essenciais para compor um corpo estudantil engajado e interdisciplinar, com valiosa variedade de perspectivas e origens, o que acrescenta muito à jornada de graduação na Minerva e ajuda a desenvolver futuros líderes inovadores”, conclui Camila.
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Denis Victor Dana
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