São Paulo, 13 de novembro de 2023: A sexta edição do primeiro e principal desafio estudantil de venture capital do Brasil chegou ao fim no último sábado (11). O VC Challenge contou com estudantes universitários, do ensino médio e jovens profissionais do mercado de Venture Capital (Emerging VC Fellows) de vários Estados, mais uma vez com destaque para a diversidade de cursos, raça e gênero. Ao longo de mais de um mês os jovens tiveram aulas, mentorias e passaram por diversas etapas até chegarem à grande final. O evento ultrapassou a marca de 7 mil participantes, sendo 1.400 apenas nesta edição.
Após quatro etapas de desafios eliminatórios, a banca final de avaliação dos projetos dos participantes finalistas do VC Challenge aconteceu na manhã do sábado 11 de novembro no Inteli – Instituto de Tecnologia e Liderança, dentro do campus da Universidade de São Paulo (USP). Os finalistas foram avaliados por 20 profissionais ligados ao universo de inovação e venture capital. Podemos dizer que, independente da colocação, todos impressionaram as bancas.
O grande vencedor foi o grupo Guará Capital, de São Paulo, formado por André D’Ávila, Beatriz Cendon, Lucas Scaramelli e Tom Reis, – alunos de vários cursos da Universidade de São Paulo (USP) – que escolheu a vertical ambiental por meio da startup umgrauemeio. Em segundo lugar, ficaram empatados o grupo formado por Abner Maia, Ítalo Rabelo, Lucas Filizola e Pedro Berganton – que escolheu a Edtech Jovens Gênios – e a jovem Paloma Arruda Coutinho, que mergulhou sozinha na Fintech Plano.
O desafio contou com patrocínio do Banco BRB, Genial Investimentos, ZEG (Zero Emission Goal), Inteli – Instituto de Tecnologia e Liderança, Link School of Business, Vella Pugliese Buosi Guidoni e tem o portal Startups, a Rede Gazeta (ES) e Rede Amazônica como parceiros de mídia.
Um dos maiores apoiadores do desafio, o CEO da KPTL Renato Ramalho explica a motivação da criação do projeto: “Criamos o VC Challenge com o objetivo de conectar jovens estudantes universitários e de ensino médio ao crescente ecossistema de empreendedorismo e inovação brasileiro. Mais do que isso, procuramos desenvolver habilidades técnicas e interpessoais dos participantes para prepará-los para as suas próprias iniciativas empreendedoras”, afirma Ramalho.
Além disso, alguns números mostram uma diversidade cada vez maior no VC Challenge. Por exemplo, 46% dos participantes em 2023 foram mulheres e 670 vieram de escolas públicas. Pessoas que se identificam como pardos e pretos somaram 51% dos inscritos. Se por um lado São Paulo ainda tem 54,1% dos inscritos, as regiões Nordeste (20,5%), Sul (9,3%), Norte (8,45%), Centro-Oeste (7,9%) têm cada vez mais representatividade.
“Testemunhamos uma verdadeira revolução no potencial dos estudantes, tanto universitários quanto do ensino médio. O olhar que estes jovens desenvolvem para o empreendedorismo, a qualidade de compreensão e interpretação de problemas sofisticados é impressionante. Para o BRB é uma honra estar perto de um evento que agrega tantos talentos”, afirma Pablo Henrique Costa, CEO do BRB.
Durante a competição, os organizadores notamos que mais da metade dos inscritos se interessou pela vertical de Clima e Floresta, por trabalhar ainda que de forma fictícia com empresas para as quais a sustentabilidade e responsabilidade social são essenciais. A interpretação não é de que haja jovens que só queiram trabalhar em startups focadas em mudar o mundo, mas sim que cada vez mais essas questões são prioridade para eles na hora de decidir.
Para Venâncio Velloso, CDO da Genial Investimentos, é sempre um prazer enorme conversar e conviver com os participantes. “A gente ensina um pouco e também aprende. É uma relação super construtiva de ambas as partes. A primeira etapa da competição, onde eles precisaram apresentar uma pesquisa de mercado, com vários players, foi muito interessante. Eles nos ajudaram a mapear algumas startups que estavam fora do radar para a gente. E até nos motivou a entrar em contato com algumas delas”, recorda Velloso.
Segundo Daniel Rossi, CEO do Grupo Capitale Energia e ZEG, ainda há muito a descobrir. “Queremos estar próximos, investir via fundo ou via direta, em companhias que possam fazer a disrupção em algumas teses específicas que possam ser associadas à floresta, à biotecnologia, bioeconomia, clima, energia renovável. Entendemos que a jornada de crescimento do mundo vai passar por isso. A transformação que vimos na era do petróleo vai acontecer de forma similar com as energias renováveis”.
“Participar do VC Challenge trouxe para a gente um pouco mais de nuance e contato com jovens de outras regiões. Estando em São Paulo, trabalhando neste mercado de tecnologia e de investimento, é muito fácil ter uma bolha. Então é muito legal trazer pessoas mais jovens, inclusive estudantes de ensino médio, que estão se encontrando na carreira para entender o que a gente faz, como a gente trabalha. É uma experiência muito rica para que eles entendam essa perspectiva prática de ser um empreendedor ou ser um investidor, as diferenças de cada lado”, detalha Anne Chang, sócia do escritório Vella Pugliese Buosi Guidoni (VPBG).
Do lado das empresas patrocinadoras, o apoio a competições e eventos que auxiliem na identificação de talentos intraempreendedores tem como pano de fundo o potencial que este tipo de profissional desempenha nas corporações. Redução no tempo de desenvolvimento de novos produtos e serviços, maior engajamento e produtividade são alguns dos fatores apontados por estudos recentes. Sem falar nas startups que participam da competição, que sempre estão à procura de novos talentos para seus sempre crescentes times.
Sobre a KPTL
A KPTL é uma gestora de Venture Capital com 51 empresas investidas e que acredita em iniciativas sólidas de inovação e tecnologia nos mais variados segmentos. Entre seus setores de atuação, estão o Agronegócio, Saúde, Financeiro, Energia, Ciências da Vida, IoT, entre outros. Sediada em São Paulo, a empresa tem time próprio nos principais centros de inovação do Brasil e segue em busca de startups com consistência e grande potencial de crescimento.
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