Quando um nome como Warren Buffett, fundador da Berkshire Hathaway, surge em discussões sobre o mercado imobiliário, o setor presta atenção. A Berkshire Hathaway HomeServices (BHHS), com sua expertise baseada em dados e análises aprofundadas, oferece uma visão clara sobre o que esperar para o mercado imobiliário da Flórida e dos Estados Unidos em 2024 e além. Paulo Schneider, empresário especializado no setor imobiliário americano há mais de 30 anos, comenta sobre essa análise.
Um dos principais fatores que moldam o setor são as taxas de hipoteca, que permaneceram em torno de 6,85% no início de 2024. No entanto, especialistas preveem uma leve queda ao longo do ano, o que pode aumentar a disponibilidade de imóveis no mercado. Embora as taxas de juros influenciem as decisões de compra, a necessidade de mudança — seja por novos empregos, crescimento familiar, divórcios ou simplesmente um desejo de recomeço — continua impulsionando transações imobiliárias.
No final de 2024, o estoque de moradias disponíveis aumentou para uma oferta de 4,2 meses, um avanço significativo em relação aos 2,9 meses registrados no início do ano. Apesar de ainda estar abaixo do nível ideal de 6 meses para um mercado equilibrado, essa evolução indica uma tendência positiva.
Além disso, a construção de novas residências segue como peça-chave para reduzir a escassez de imóveis nos EUA. Atualmente, estima-se que o déficit habitacional seja de 3,8 milhões de moradias, mas os construtores planejam entregar 1,1 milhão de novas unidades em 2025, representando um crescimento de 13,8% em relação a 2024. Para ampliar o acesso à casa própria, uma tendência que ganha força é a construção de unidades menores e mais acessíveis.
O portal Realtor.com prevê um aumento médio de 3,7% nos preços dos imóveis em 2025, enquanto a National Association of Realtors (NAR) projeta que o preço médio das casas existentes chegará a US$ 410.700 no mesmo período. O volume total de vendas também deve crescer cerca de 1,5% em relação a 2024.
Diante desse cenário, especialistas recomendam que compradores avaliem diferentes opções de financiamento, busquem taxas de hipoteca mais competitivas e considerem imóveis menores ou localizados em regiões emergentes. Para os vendedores, o momento continua favorável, uma vez que os preços permanecem elevados, mas exige precificação estratégica para evitar sobrevalorização.
Paulo Schneider., que atua na Flórida, reforça que a melhor maneira de acompanhar o mercado é manter-se bem informado. “O setor imobiliário está em constante transformação, e acompanhar as tendências, seja por meio de notícias, seja consultando um agente ou consultor financeiro experiente, é essencial para tomar boas decisões”, afirma.
Warren Buffett segue investindo estrategicamente no setor imobiliário, confiando em uma recuperação futura e no potencial de valorização de longo prazo. Sua expectativa é que, nos próximos 18 a 36 meses, o mercado imobiliário americano passe por um novo ciclo de crescimento, reforçando a atratividade dos investimentos no setor.
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Samantha di Khali Comunica
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